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domingo, 2 de outubro de 2011

Alexandre Mendes havia saído de uma festa antes do acidente. Foto: Severino Silva/O Dia

Alexandre Mendes havia saído de uma festa antes do acidente
Foto: Severino Silva/O Dia

Após concluir o inquérito policial sobre o caso do ex-subsecretário estadual de Governo da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, Alexandre Felipe Vieira Mendes, o delegado da 81ª Delegacia de Polícia, Alexandre Leite, ressaltou a necessidade de punição para o ex-coordenador da Lei Seca. Mendes foi indiciado por homicídio doloso (com intenção de matar) por atropelar cinco pessoas no último dia 25 de agosto após sair de uma festa.

"É um pouco difícil (conseguir a condenação), mas a gente conseguiu a prova testemunhal. A prova técnica mais importante seria o exame de embriaguez logo após o incidente, mas isto não aconteceu. Depois de tudo, a população clama por uma resposta mais severa", exaltou o delegado, em entrevista concedida à rádio Band News FM.

Leite afirmou ainda que sugeriu em seu relatório que as leis de trânsito fossem alteradas para que as punições para tais crimes fossem mais rígidas. "Temos de evitar estas discussões jurídicas para condenar as pessoas que cometem crimes de trânsito", salientou.

De acordo com a assessoria do Ministério Público, o promotor Cláudio Calo está analisando toda a documentação e solicitou uma complementação pericial. Além disso, o representante do MP pediu mais informações ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran-RJ) sobre o histórico do motorista.

Exoneração

Alexandre Felipe foi exonerado do cargo de subsecretário quatro dias após a suspeita de envolvimento no atropelamento, em Niterói, logo após sair de uma festa. Uma das pessoas atingidas, o pedreiro Ermínio Cosme Pereira, de 56 anos, morreu e foi enterrado na quarta-feria. Alexandre só perdeu o cargo no dia em que veio à tona o uso irregular de reboque da Operação Lei Seca para retirar sua Pajero do local do crime.

Também foi exonerada Eloisa Helena Souza da Silva, coordenadora de equipe que autorizou a ida do reboque. O carro de Alexandre, que foi coordenador da Lei Seca até fevereiro, foi retirado do local antes de passar por perícia.

Na época, o delegado Alexandre Leite já cogitava a hipótese da acusação de homicídio doloso. "É certo que ele vai responder por homicídio, mas vou aguardar os depoimentos das testemunhas e laudo da perícia para decidir se será doloso ou culposo (sem intenção)", explicou quando analisava o caso.

Agravantes como ter fugido do local do acidente, sem prestar socorro aos feridos, e demorado 16 horas para fazer o exame clínico que poderia atestar embriaguez foram levados em conta na decisão.

O teste no Instituto Médico Legal (IML) deu negativo para excesso de ingestão de álcool, mas só foi realizado muitas horas depois do incidente. Alexandre admitiu que bebeu meia taça de vinho antes de dirigir. Após o acidente, ele se trancou no carro para não ser linchado.

Uma das vítimas do atropelamento cometido pelo então subsecretário, Silvana Braga de Souza, de 30 anos, afirma que o carro do ex-subsecretário estava em alta velocidade e em zig-zag e que Alexandre não prestou socorro. "Quero que ele pague pelo que fez de alguma forma", exigiu.

Problemas cardíacos

O advogado de Alexandre Felipe, José Maurício Ignácio, disse que o ex-integrante do governo estadual está hospedado na casa de parentes e ainda bastante traumatizado com o acidente. Ainda segundo Ignácio, Alexandre tem tomado remédios para hipertensão e vai passar por uma série de exames cardíacos, já que ele apresentou alguns problemas no coração devido a pressão arterial elevada. Alexandre Felipe está, por hora, afastado dos trabalhos no Governo do Estado.

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